segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Cão que ladra não me morde...


E nos teus olhos de cão faminto,
Enxergo carência e um vazio latente,
E tu que busca de porta em porta
migalhas qualquer pra mente
Encontraste em mim a forma perfeita
para matar-te a fome e esses desejos.

E quando chegaste perto  
Tão forte senti na minha pele o ar
do teu fucinho farejando meu corpo quente
Que cause me perco entre tuas patas
No meio dos teus latidos dementes.

Cão, com mais desejos do que saceios,
Saia a procura de outras migalhas
Por que deste tal alimento...não!
Apenas os deuses consomem da minha alma.

Não, não farei caridades
porque tens que aprender a revirar o lixo
e fazer dele uma nobre casa.

Solitário , mas não tenho dó da tua vida de rua
Já conhece a cidade,as esquinas...são todas suas...

Vá vadiar noutro canto,tentar comer da própria lua!

2 comentários:

Alle Vargas disse...

Às vezes me sinto assim, cão. Talvez como no poema de Afonso Romano Sant'Anna... talvez não.

Desejo um belo 2009. Que ele ACONTEÇA em sua vida!

Ósculos!

Afram disse...

ESSE FOI O Q MAIS GOSTEII

TALVEZ PQ EU SEJA COMO UM VIRA LATA ..

HSUAHSAU

BJ